sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Antes e depois incômodo.

Hoje vou falar um pouco a respeito da minha saúde.

Aos que não convivem diretamente comigo, saibam que passei por um tratamento bem difícil para TAG (transtorno de ansiedade generalizado) e depressão.

Tomei antidepressivos, ansiolíticos e remédios para dormir.

Funcionava mais ou menos assim, precisava de remédio para acordar, ficava eufórica, precisava de remédio para controlar, ficava desanimada, precisava de remédio para animar outra vez e por fim precisava de remédio para dormir.

Recebi alta do médico dos médicos no início de julho do ano passado, e do psiquiatra em 29 de julho de 2014, desde então para honra de Deus eu nunca mais tomei antidepressivos, e no dia que tentei tomar vomitei tudo.

Porque comecei falando da ansiedade e da depressão?

Porque elas me levaram dos 62 para os 106 kg.

Tudo era razão para descontar na comida, e como eu não tinha animo algum, fazer exercício era algo que não existia no meu dia-a-dia.

Mesmo com a cura, existiam inúmeras outras “coisas” referentes à saúde que me atormentavam: sono eterno, insônia, enxaqueca, dor no corpo, gripes continuas, crises horríveis de renite, desanimo, déficit de atenção, falta de concentração, intestino preguiçoso, falta de ar, cansaço, imunidade baixa, e etc.

Era tipo a descrição de hipocondríaca que andava e falava.

E tudo isso, todos esses sintomas eram sim atormentadores, me sentia aprisionada, mal, sufocada, pesada, oprimida e como diria uma amiga minha peixeira “ushhhhhhhhh!”

Quando decidi que faria academia às 6h, meu primeiro pensamento foi “to lascada, já não durmo, passo o dia me arrastando, acordando de madrugada então vou virar um zumbi”.

Só que para minha surpresa acordar cedo, fazer exercício e me alimentar de forma adequada, fizeram com que já na primeira semana eu não sentisse mais nenhum daqueles sintomas.

Passei a me sentir mais disposta, animada, com o pensamento novamente perspicaz, prático, voltei a interpretar as situações com facilidade, nada de dor de cabeça, a insônia foi indo embora, o sono eterno também!

Tudo mudou! No todo do meu eu mudou!
 (filosofei eu agora, se for me citar não esqueça de dizer que a “filosofa contemporânea Valesca – não a popozuda – citou, obrigada)

São quase 2 meses livre de todos esses sintomas, são quase 2 meses em que eu realmente me sinto LIVRE e VIVA!

Certa vez a Gabi Faccin (nutricionista, quem precisar de uma aqui em BC, pode me pedir o contato), me disse em uma consulta que os alimentos são os melhores remédios.

CARA, tenho que concordar! Tem tanta coisa que comemos que nos intoxica! Pode ser gostoso enquanto você está degustando, mas passando um tempo aquilo pesa, te deixa com sono, abatido “jiboiando”, e não é só isso, alguns alimentos consumidos vão sim nos adoecendo.
                          
O maior exemplo disso no meu caso era o leite.

Quem convive comigo sabe da minha doença por leite e seus derivados, café com leite era o meu arroz com feijão.

Na grande maioria das minhas receitas lá estavam creme de leite, queijos, requeijão e etc.

Acontece que o uso excessivo me trouxe algo chamado “intolerância a lactose”. Que não é modinha, o estomago dói, o intestino inflama, você incha, a pele fica horrível, mau hálito (...).

Tive que cortar/abolir, comprar produtos sem lactose ou, por fim, fazer uso da enzima lactase que é a que meu organismo não produz (ainda estou testando).

Então fica aqui um lembrete, nem tudo que é gostoso faz bem para o nosso organismo.

Tenho uma dieta bem mais restrita, ou diferente de tudo que eu ingeria, mas com toda certeza tenho me alimentado daquilo que vai me fazer bem e que também é gostoso viu!

Não vou postar no blog a minha “dieta”, até porque passar dieta é coisa para um profissional competente para tanto, mas em si tenho me alimentado de carne magra – grelhada -; frutas diversas; carboidratos bons – aveia; batata doce; batata salsa -; verduras; legumes e gorduras boas – manteiga ghee, óleo de oliva, nozes e castanhas.

ABOLI por completo embutidos, alimentos industrializados, gorduras, guloseimas, doces, lanches e etc., e pra quem acha que não consegue, EU SOBREVIVI! Hahaha

Acredito que o que me faz me controlar é o que eu sinto depois que eu consigo. CARA a sensação de você conseguir dominar a si em algo que você não dominava é indescritível.

Antes eu não conseguia dizer não ou me controlar, hoje quando eu sei que não devo, ou que não preciso daquele Big Mac, e simplesmente não cedo, AAAAAAA não tem explicação!

O sentimento de satisfação é único.

Deixo aqui uma foto de um antes e depois incômodo, o meu antes de engordar,  e o meu depois de engordar.

Não esqueçam que não estamos falando apenas de estética, mas sim de vida, de qualidade de vida. Voltei a viver e do fundo do coração eu oro pra que cada um aqui que precisa, também volte.


#canseideserfofa
                                       


Um beijo no coração e Deus os abençoe.

5 comentários:

  1. Nossa eu tinha escrito um comentário enorme mas tinha esquecido de fazer login. :(((

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  2. Amigaaaa... lembro de vc antes, fiquei mais proxima no durante e estou vendo o agora e me deixa tão feliz em te ver assim, bem, alegre, a Val q me da uns puxões de orelha, um dia vou ser igual a vc e vou estar livre totalmente dos meus tb... beijos e parabéns

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  3. Fico admirado com tua força de vontade. Eu tento, tento e não consigo seguir uma dieta, não consigo deixar de lado as "guloseimas ", ainda mais no intervalo da faculdade. A Coca Cola é sagrada, e isso faz com que eu fique decepcionado comigo mesmo.
    Tenho hipertensão e sofro de depressão, então também tomo remédios pra controlar a ansiedade, moderador de humor, sem contar o remédio da pressão e o diurético. E como você citou, esses sentimentos fazem com que eu desconte tudo na comida. E não estou mais me sentindo bem. Preciso mudar, estabelecer uma meta é ir em frente, mas é complicado. Estou a cada dia me espelhando na tua trajetória, e ver se um dia também consigo chegar lá.

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